segunda-feira, 30 de março de 2009

Título de hoje:

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*Desatina

Hoje de madrugada "meus amigos" do bobdylan.com, site oficial do músico, enviaram para o meu endereço eletrônico:
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Eu apenas me dei conta dessa mensagem no início da noite, quando meu namorado me atentou para "uma música do Dylan à la Tom Waits" que teria enviado para mim... por e-mail! Sim: os anjos estavam me pedindo para não mais enrolar e conferir o quanto antes minhas mensagens virtuais. Não tinha como - e eu nem iria querer em sã consciência - fugir de Beyond Here Lies Nothin'. Mesmo com o arquivo no formato mp3 já na minha caixa de entrada, quis clicar no link e ter o gostinho de baixar a música diretamente do site de Dylan.

Realmente: nesta música sua voz remete fácil à de Tom Waits. Verificando outras opiniões pela internet afora, vi este comentário se repetir. E embora muitos se divirtam com isso, há quem diga não suportar. Quanto a esta última reação, acho um tremendo exagero para quem se diz fã do americano. Mas pior talvez tenha sido uma outra frase com que me deparei, algo irônico como "tome uma musiquinha e receba a minha newsletter". Ãh? Acho que a pessoa queria se referir à sua irritação quanto as estratégias de marketing. Mas qual o mal nesse caso? Não é uma maneira inteligente de se vender um álbum? Considero uma reação extremista e para este mesmo cidadão faço um pequeno parêntese: uma pessoa recebe uma newsletter quando realiza um cadastro para ter acesso à uma informação sobre determinado assunto. No caso daqueles que se cadastraram no site do cantor, não é maravilhoso? Receberam por e-mail a notícia do download gratuito de uma música inédita. Do que irão reclamar, sendo fãs cadastrados? Como disse meu irmão, o certo seria: "tome a newsletter e receba minha música" (mas o download está disponível para todos que acessarem hoje o site).

Além de comentários sobre sua voz, encontrei aqueles que compararam a nova música de Bob Dylan com a de John Mayall, All your love, gravada em 1966, com Eric Clapton.

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Ops! Sim, sim. Faz lembrar mesmo. Mas independente disso (por enquanto estou fazendo "vista grossa" por estar embebecida pela música), para mim que não sou musicista, Beyond Here Lies Nothin' é uma mistura de rock, blues e a sensacional voz "imunda" de Dylan ("imunda" no sentido de ser um ruído fascinante). Para completar, um acordeão de tirar o fôlego que, pesquisando, soube ser de David Hidalgo, do grupo Los Lobos.

O que podemos esperar do álbum "Together Through Life"? A primeira faixa já foi disponibilizada. E que abertura! Agora estou ansiosa para as outras nove músicas: Life Is Hard, My Wife's Home Town, If You Ever Go To Houston, Forgetful Heart, Jolene, This Dream Of You, Shake Shake Mama, I Feel A Change Comin' On e It's All Good. Mas isso será possível apenas daqui quase um mês.

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sábado, 21 de março de 2009

Título de hoje:
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*Amotinada
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A frustração permanece três dias após o show do Iron Maiden. Não por conta da performance da banda inglesa na noite do último dia 18, no Mineirinho. Dessa eu não duvido, mesmo não presenciada por mim. Pois é: eu fui, mas não fui.

Em Belo Horizonte, o que vi da turnê "Somewhere Back in Time" foi um inferno onde Eddie, o mascote da banda, não teria tanta facilidade em fazer do diabo sua marionete (não resisti a essa boba associação). Enquanto a banda se acabava no palco e fazia a maior parte do público feliz, pelos gritos que ouvi, inúmeros fãs foram vítimas de roubos - como se pode verificar ao visitar certas comunidades do Orkut e ler o jornal do Estado de Minas de ontem. Outros simplesmente não assistiram ao show.
Eu me encaixo neste último grupo. Ingresso à R$200,00 para arquibancada e eu apenas enxerguei um pedaço de um telão (e nas pontas dos pés, porque tinha muita cabeça na minha frente). O cenário era desanimador: ou você se deparava com entradas superlotadas ou entradas interditadas. Sem contar com os corredores imersos em um verdadeiro breu, o terrível odor forte de urina nas proximidades dos banheiros e a acústica que já se sabe como é, se tratando do Mineirinho. No dia seguinte, para agravar a raiva, a notícia de que houve falsificação de ingressos.
A turnê, baseada em grandes sucessos da década de 1980, presenteou a capital mineira com Fear of the Dark, de 1992, música que escutei pela primeira vez em uma fita cassete. Esse foi o momento em que engoli o choro.
Frustração. Daquela noite restou apenas o desejo de ter alguma dessas visões: The Number Of The Beast ou...


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